Durante anos o consultor ambiental Flávio Ojidos se dedicou às RPPNs e, o resultado dessa experiência resultou no livro Conservação em Ciclo Contínuo, que trata dos investimentos para garantir a saúde financeira de uma propriedade com mata preservada O livro é tema deste programa Repórter Eco, da TV Cultura de São Paulo.
A RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) é uma das 12 categorias de unidade de conservação existentes no Brasil. Com ela, uma pessoa física ou jurídica proprietária de imóveis rurais se compromete, de forma voluntária, em conservar a natureza de sua propriedade.
As RPPNs promovem a conservação da diversidade biológica, a proteção de recursos hídricos, o manejo de recursos naturais, desenvolvimento de pesquisas científicas, atividades de ecoturismo, educação, manutenção do equilíbrio climático e ecológico, bem como a preservação de belezas cênicas e ambientes históricos.
Apesar das vantagens em transformar uma propriedade privada em uma unidade de conservação da natureza, muitos proprietariados ainda não sabem quais medidas devem tomar para transformar suas áreas de vegetação nativa em uma RPPN. Neste sentido, Flávio explica o que os donos destes patrimônios devem fazer.
“O dono da área deve iniciar uma ação junto ao órgão ambiental. É ele que reconhece essa área ou parte dessa propriedade. Não tem um limite mínimo ou máximo para uma área virar RPPN. Além disso, para que essa área seja reconhecida como uma RPPN, precisa ter atributos que justifiquem a conservação. Desta forma, o órgão ambiental verifica a existência desses atributos e reconhece a porção do território como uma RPPN e ela passa a ser uma unidade de conservação da natureza protegida em caráter de perpetuidade.”
Na entrevista ao Repórter Eco, Ojidos ainda explica que o benefício da implementação das RPPNs é coletivo, e que nada mais justo do que a sociedade valorizar, reconhecer o valor e apoiar quem desenvolve este trabalho.